Redação ODS - Arthur Bernardo
- Equipe de Comunicação
- 13 de mai.
- 2 min de leitura
A música “Filho do dono”, de Alçeu Valença, trata do desafio pessimista do eu-lírico em relação à situação do mundo e as mazelas que afligem seus habitantes, em principal, a fome. Sendo reconhecida como um agente devastador em todo o mundo, a fome ainda é um enorme problema no Brasil, com diversos desafios para o seu combate, como a falta de políticas públicas e o descaso das elites agrárias para com a população do próprio país. A fome é uma dor cruel que deve ser tratada com a cooperação de todos.
A princípio, pode-se afirmar que a falta de políticas públicas eficazes é um grande responsável pelo desafio de combater a fome. A Constituição Federal garante, em seus primeiros artigos, que todo cidadão brasileiro deve ter acesso à alimentação, porém, existem poucas ou nenhuma política governamental voltada para cumprir com essa obrigação do Estado. Com a falta de apoio de uma instituição tão fundamental, como o Governo, a fome se torna um desafio cada vez maior em todo o país.
Além disso, é importante apontar a grande parcela de culpa que os setores agrários possuem em toda essa situação. Mesmo sendo conhecido globalmente como um dos maiores produtores e exportadores de alimento, o Brasil tem mais de 30 milhões de habitantes passando fome, segundo a Rede Penssan. Com mais de 500 anos sendo um dos principais setores do país, o agronegócio nunca teve o objetivo de alimentar a própria população e apenas age pela lógica do lucro. Práticas como o descarte ou o armazenamento alimentar para o controle de preços não são incomuns, como exemplo, a famosa queima das safras de café durante a Crise de 29. Assim, para que uma minoria obtenha o lucro, a maioria sofre as consequências.
Portanto, é necessário buscar alternativas fiscais para combater a fome. Cabe ao Governo Federal, como sua responsabilidade constitucional, criar políticas públicas para tal assunto. Uma das medidas que pode ser tomada é o maior investimento na agricultura familiar ao zerar os impostos sobre os alimentos produzidos por eles, além da criação de um programa de incentivo ao consumo desses alimentos, fazendo propagandas para diversas mídias e criando embalagens e adesivos que tornem possível o reconhecimento desses. Com medidas simples como essas, pode-se mudar a realidade de muitas pessoas.
Texto escrito pelo aluno Arthur Bernardo do 3º EM
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